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quinta-feira, 22 de março de 2012

biografia,(ou não)


Dia primeiro de fevereiro de 1973, o dia em que acordei para este mundo ,numa cidadezinha  do interior do Rio Grande do Sul, chamada Carazinho, o que mais me deixa frustrado, é não lembrar nada do dia mais importante da minha vida, sei que era um bairro chamado hípica, pois praticavam hipismo ali, deveria ter muitos cavalos eu acredito.
Nasci em casa, assim que nasci meu pai me apresentou para a lua que na ocasião estava cheia, era madrugada, pois na minha precipitação não esperei o dia raiar, penso que a lua e eu fizemos tipo uma espécie de sociedade, pois sempre a visito e me escondo La, constantemente.
Cresci contemplando a pobreza, e pra variar crianças nasciam por atacado na vila, sempre preferi ficar só, e não gostava muito das brincadeiras habituais das crianças, não era poucas as vezes que os professores da escola perguntavam por que eu era tão quieto, diziam que eu era tímido, estavam enganados eu era analítico, introspectivo , analisando situações, pessoas, lugares, sentimentos, conhecia mais os com quem eu convivia, do que eles mesmos as vezes.
Fui crescendo e aprimorando meu, particular mundinho,  aos nove anos de idade, viemos morar em Novo Hamburgo, cidade que adotei como minha, amo essa cidade, lia tudo que tinha pela frente, chegando ao cumulo de decorar códigos de barras, de frascos de xampus e condicionadores no banheiro de casa, o banheiro era um espécie de refugio das conversas atravessadas e confusas, de pessoas falando ao mesmo tempo, pois éramos em sete pessoas em casa, então vogais e consoantes, se colidiam umas nas outras, formando frases indecifráveis, as quais eu não conseguia entender.
Servi minha pátria amada, como voluntario, só nas primeiras semanas, depois a realidade, riu na minha cara, e pensei ser a maior burrada que tinha feito,não era mais voluntario a nada, agora já era tarde demais, mas naturalmente me adaptei e acabei gostando, quase senti saudade quando sai,  só quase.
Comecei a ter cedo, queda por poesias, poemas, versos, frases, pensamentos musica, tudo que for ligado a arte me atrai muito, hoje escrever,  pra mim é como respirar, é essencial, tenho necessidade disso, ainda me isolo, causando muitas vezes frustração e tristezas em pessoas que amo, mas é primordial pra mim, é sozinho, La no jardim da lua que me encontro em paz e me completo, é La que as palavras submergem de minha essência.  É  na solidão que encontro a mim mesmo, então sentamos e conversamos.

terça-feira, 20 de março de 2012

outra face

se ao levarmos, um tapa no rosto temos que oferecer a outra face, mas quando as duas faces já foram surradas o que mais temos a oferecer? 

sábado, 17 de março de 2012

aquarela de sonhos


Aquarela de sonhos,  aquarela da vida, cores se mesclam, em fusão infinita, emoção, cores abstratas  ampliando a visão, abrem o coração.
Há minha aquarela de sonhos,  do verde que  fascinou, da linda mãe natureza, exalando sua beleza, fez um leito esplendoroso onde um anjo repousou, tonalidades do verde que também nos faz sofrer, o verde musgo e frio dos seus olhos,fez meu mundo escurecer.
O branco vazio da alma,  palidez absoluta,  a rotina, a labuta, nos tira a ilusão, nos prende em sua masmorra, contemplando a solidão, amarelo do descaso, que não foi por um acaso, e que nos perdemos na vida mudando a direção. O vermelho imponente, do sangue já transparente, enfraquecido teimosamente impulsionando o coração, gotas vermelhas, de uma lagrima que caiu, e junto com muitas outras nossa essência se esvaiu.
Aquarela de sonhos, mesclando todas as cores, alegria, desamores, tristezas e ilusões,  misturando dentro da alma todas as emoções, conhecemos a mais tristes das cores, e ficamos sem respiração, pois a mistura de tudo,resultou em preto vazio e escuro, e a verdade nos deu um murro, calando o coração.
Será aquarela de desilusão? Será que é sonho em vão? Olhei para o horizonte uma esperança renasceu, nem tudo esta perdido, que lindo azul infinito, que do céu resplandeceu, azul da mais nobre essência que na pureza  cresceu, azul que me faz sorrir, azul que me faz cantar, azul que me faz seguir, e nunca desanimar,no azul que é só verdade, no azul que não há maldade, do azul que devolve sonhos, sonhos de liberdade.

terça-feira, 13 de março de 2012

mascaras


E quando as mascaras caírem? Vamos resistir a decepção? Mas prefiro o inferno  a um céu conformista. 

domingo, 11 de março de 2012

destilando a vida


Acúmulos de inveja ,pilhas de ambição, montes de incompreensão , cargas de mentiras, vaidades,maldades no coração,   são  restos, dejetos, extraídos arrancados de uma vida destilada, ali no porão, pertinho de nossa alma, trancafiamos  todo o mal, assim podemos, manter a razão gritar que somos normal.
Devemos manter a porta fechada, pois o porão esta transbordando, e em desespero perguntamos: e o resto onde vamos colocar?  Pois dia a  dia vivemos a destilar,  e deveras...  muito são os detritos que temos que retirar, um grama de pura essência ,pra cada quilo de vida, só um grama no coração, e o restante vai pro porão,  o espaço se tornou escasso, e o medo se faz real, e o mal que outrora trancado,esta forçando o cadeado, tentando se libertar.
E se abrirmos  covas fundas no quintal de nossa alma , e o  mal então soterrar?  Não, só pensar nisso sinto meu corpo arrepiar, pode chover desamores ,  e como sementes daninhas podem vir a germinar, e crescer como capim difícil de arrancar, e como planta parasita, nossa essência vai sugar, e seus frutos venenosos  a morte vai nos levar.
Não temos outra saída, a não ser continuar a destilar, talvez  encontramos  saída ,na vida de outra vida, se aprendermos a amar,  o mal se faz presente a cada segundo do dia, é fera que machuca que fere, e que causa muita dor,  mas temos que resistir com um imenso fervor, pois toda a nossa esperança   esta no mais puro amor.

sexta-feira, 9 de março de 2012


                                                              
                                      
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terça-feira, 6 de março de 2012

abstinencia do amor


Meu ar se tornou rarefeito, cinjo forte os braços contra o peito, em frustrada tentativa de aliviar a dor, sussurro palavras sem sentido, na abstinência... Na abstinência do amor, vicio escravidão escolhida, é como droga, que pela alma ingerida se torna forte, impávida, aguerrida, entranha em nossa vida, muda formas, muda a cor, mas sofro na abstinência ...   Na, abstinência do amor.
Me, viciei em sorrisos, sentimentos declarados, no cheiro do amor inalado, em poemas revelados, sem macula, apenas a emoção, a mais pura criação, gerada no coração, preciso  sentir seu toque, embriagar-me em seu odor, mas sofro na abstinência...na abstinência do amor.
Em risos sádicos a solidão me tortura, minha alma obscura ainda luta com bravura, militando contra a dor, fujo de tudo e de todos,  preciso tratar a doença, testando minha resistência que tão frágil se tornou, um dia estarei curado, desse eterno desamor, mas sofro na abstinência...na abstinência do amor.

sábado, 3 de março de 2012

vida em labibintos


Me perguntam ,como vai a vida? As vezes não sei responder,  essa vida não fala comigo,anda por si só, em caminhos desconhecidos, as vezes com sorriso irônico ,fingido, tenta confundir meus sentidos, expor meus defeitos mais escondidos, que se poucos  fossem, deveras seriam,menos agressivos,não me sentiria tão constrangido, há.. mas eu nunca quis  ser perfeito, olhar nos olhos, bater no peito,ser o dono da verdade, a verdade é mentirosa, assim como a beleza pode ser enganosa, e a verdade e a mentira,se difundem em uma lama fria e pegajosa, meu certo pode ser seu errado, assim pra ti o tempo voa ,pra mim pode estar parado.
Tudo é relativo,a vida não segue o nosso querer, o amar não caminha sem o sofrer,mesmo se estamos sofrendo, se o amor se perdeu no labirinto do passado, é melhor chorar por um amor perdido, do que nunca ter amado.     

quinta-feira, 1 de março de 2012

essência da alma


Não nos chame de indiferentes, nem de analíticos nem prepotentes, somos simples, apenas não valorizamos a aparência, cavoucamos bem fundo, buscando a essência, egos vaidades, isso tudo não importa, para isso somos cegos, das mentiras extraímos a verdade, queremos o que ta La, bem no fundo bem na alma, se for dor, tenha calma e não tenha medo, se liberte ainda é cedo, se abra pra vida, chore com a gente, deixe as lagrimas tratar a ferida, somos curiosos, queremos ver por trás das mascaras, não nos importa a embalagem, queremos o que é límpido, claro e sem camuflagem, buscamos o sorriso verdadeiro, lindo sincero, não procuramos agulha em palheiro, e sim palha em agulheiro, desejamos resgatar o que foi soterrado, por nossos próprios sentimentos, sem dor sem lamento, não negamos a evidencia, somos vampiros, sedentos por sua essência.