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sábado, 22 de julho de 2017

Me tranque em sua caixa de pandora,
não me deixe respirar, não ha nada la fora,
a sua doença me adoeceu, o sonho
secou ,morreu no outono de seus olhos.
Queria devorar o seu câncer e respirar
seu halito sem esse cheiro de alma
morta, saia agora abra essa porta
de desespero me deixe voar, posso sangrar 
por vários dias mas nada bebera o meu sangue
a ferida secara e a cicatriz me fara chorar
sozinho.
Me acorda agora me tire dessa cama
fúnebre tem algo dentro de mim rastejando e apertando 
meu coração, o pesadelo sou eu e isso esta me rasgando
soldado em minha medula.
eu sou o vírus e você é o hospedeiro
adoeci também 
se liberte mas
me liberte primeiro.

Eu sou o vírus e em você estou cativo
se eu morrer você morrera comigo.
beba o balsamo da vida.  viva e me deixe
viver
eu sou o vírus mas a doente é você.

Não profane o meu templo com suas torpes 
palavras
não tente saber de mim o que nem eu imaginava
não tente entender alem da sua compreensão
se eu ando pelo escuro é por que busco a escuridão.
Se afaste, corra pra bem longe agora,não deixe
eu descobrir o que mais lhe apavora
sou demente,vingativo e suicida, retalhos
de uma mente trancafiada e reprimida.
Rasgue seu peito agora, arranque-me de vez
pra fora, deixe esse sangue negro fluir quem 
sabe daqui mil anos possa voltar a sorrir.
parta e reparta com alguém sua solidão.
  eu sou o vírus e você é o hospedeiro se 
liberte mas me liberte primeiro.